Muito se tem ouvido de especialistas sobre a importância de líderes no desenvolvimento de pessoas e o consequente crescimento das organizações. O que não se vê são líderes preparados para isso, e muitas vezes empresas que não dão a devida importância para esta questão.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, quando falamos em lideres preparados, devemos levar em consideração habilidades técnicas e equilíbrio emocional. A grande maioria são dotados de muito conhecimento técnico, mas com pouquíssima “Inteligência emocional”, que é na verdade o mais importante, pois daí vem a habilidade para liderar pessoas com eficácia.
Glauco conta que as lideranças não conseguem liderar a si mesmas. E como liderar pessoas se não consigo liderar a mim mesmo? E se não consigo liderar minhas emoções? E o meu eu?
Outro desafio encontrado é a falta de “autorresponsabilidade” do líder. Frases como: Minha equipe não quer nada! As pessoas não querem mais trabalhar! Preciso demitir 10 ou 12 pessoas da minha equipe (equipe com 20 pessoas) porque não estão dando resultados.
E o líder? Qual o impacto que está causando na equipe? É positivo ou negativo? Consegue perceber esta diferença para mudar os comportamentos e atitudes necessárias? Quais as competências que está precisando potencializar ou adquirir para desenvolver-se ainda mais? E as habilidades? Infelizmente estes questionamentos não são feitos pela grande maioria. A “culpa” dos baixos resultados é sempre da equipe. Ai a empresa vai trocando pessoas, fazendo recrutamentos e mais recrutamentos, seleções e mais seleções e assim continua incessantemente.
Glauco diz que há pouca preocupação com o ser humano. Todas as atenções estão voltadas para as metas, os resultados, as comissões e etc. Mas, e quando o liderado precisa de um abraço, de um carinho ou de uma boa conversa para produzir melhor porque está emocionalmente abalado e desequilibrado?.
O fato é que hoje em dia encontramos líderes cada vez menos preparados para impactar pessoas positivamente e consequentemente alavancar os resultados da organização, aponta Glauco. A busca incessante, desenfreada e muitas vezes exagerada por metas e resultados financeiros, faz com que as empresas esqueçam de trabalhar e desenvolver as pessoas para que estas cresçam como pessoas e como profissionais e consequentemente aumentem de forma sólida os resultados do negócio.
O foco total nas habilidades técnicas e a falta de conhecimento para dar importância as habilidades emocionais (algumas vezes não é falta de conhecimento, mas sim um descaso por não se preocupar com as pessoas como seres humanos) tem atrasado ou estagnado o crescimento de algumas organizações, que precisam iniciar uma reengenharia na preparação, no desenvolvimento e na potencialização de seus atuais e futuros líderes.