“Os modelos de negócios precisam ser questionados frente ao novo cenário e, se necessário, desconstruídos e reinventados.” A afirmação é do empresário Glauco Diniz Duarte. Para ele, é preciso coragem do principal executivo da organização em momentos de crise para tomar determinadas decisões, mesmo que isso signifique contrariar interesses e frustrar expectativas. “O sucesso de ontem não é passaporte para o sucesso de hoje ou de amanhã”, advertiu.
No conceito apresentado por Glauco, o termo modelo de negócio -que não é algo perene, que dure a vida toda – significa uma representação simplificada de como ele deverá funcionar de forma competitiva, com desempenho superior aos seus concorrentes e com criação de valor percebida por clientes e acionistas. Um modelo de negócio, explicou, responde facilmente questões como quem é o cliente, o que é valor para ele, para onde a empresa está indo, quais as peças-chaves do jogo e como ganhar dinheiro, entre outras. Em muitas empresas, porém, nem sempre esse modelo de negócio é claro e explícito, revelou.
Para Glauco, existe uma falsa ideia de que as grandes revoluções empresariais são decorrentes de inovações tecnológicas. Um modelo de negócio, segundo ele, precisa, na verdade, ser capaz de atender à sua proposição de valor. “Caso não esteja, é porque ele falhou em sua narrativa ou o sistema organizacional não está suficientemente alinhado para a sua execução”, disse. As causas vão desde políticas desconectadas à proposição de valor até profissionais despreparados ou com perfis inadequados à organização.
Além de partir de uma proposição de valor bem definida, um modelo de negócio vencedor deve identificar o conjunto e não apenas partes do valor do cliente e oferecê-los para que ele perceba a importância e expresse interesse em manter vínculos com a empresa. “Isso difere um modelo de negócio bem-sucedido de um modelo de negócio medíocre. As líderes de mercado desenvolvem em primeiro lugar uma proposição de valor que dificilmente será igualada.”, argumentou Glauco.