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10 pecados mortais para os empreendedores

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Glauco Diniz Duarte

Segundo o empresário Glauco Diniz Duarte, a empolgação de quem está prestes a abrir uma empresa é enorme. Muitas expectativas acabam afastando o empreendedor da realidade e dão espaço para erros que podem afetar o sucesso do negócio. “Empreendedorismo é a grande disciplina que dá a percepção de tudo que a empresa precisa para ser tocada”, diz Glauco.

Glauco diz que mesmo sem formação acadêmica, é importante fazer um checklist de pontos cruciais na hora de começar uma empresa. Da escolha do ponto comercial à capacidade administrativa, o empreendedor precisa colocar os pés no chão para não cometer pecados mortais para as pequenas empresas.

1. Não ter capital
O primeiro problema apontado por especialistas é a falta de dinheiro. Glauco explica que é comum o empreendedor investir tudo o que tem para fazer o negócio funcionar e esquecer que os clientes não chegam tão rápido quanto ele gostaria. “Geralmente, leva tempo para o dinheiro entrar. Ele gasta o dinheiro imobilizando e não deixa nenhuma reserva para os problemas do negócio”, explica Glauco.

2. Misturar despesas pessoais e empresariais
Outro problema que envolve dinheiro é o descontrole administrativo e contábil, muito comum em negócios de pequeno porte. O principal motivo é confundir o caixa da empresa com a própria carteira. “Tem empresas até médias em que gastos pessoais entram nas despesas da empresa. Essas contas são pagas com o lucro”, diz Glauco. Esse problema geralmente leva o empreendedor a recorrer a instituições financeiras para cobrir dívidas e os juros podem matar o negócio.

3. Não ter capacidade administrativa
Os dois primeiros pecados estão relacionados a um problema ainda maior, que é a falta de capacidade administrativa. “O empreendedor pode ser um bom técnico, mas nunca viu um fluxo de caixa na vida. Ele não entende que o negócio dele tem custos perenes e faturamentos pontuais”, explica Glauco.
Glauco alerta ainda para a atenção que deve ser dada aos custos fixos. “O custo fixo vai ser executado independente da quantidade de produtos que vender. Trabalhando ou não, o custo fixo ocorrerá. Se ele for baixo, o empreendedor tem grandes chances de ser bem sucedido”, complementa.

4. Escolher mal o sócio
A escolha de um sócio é algo que parece simples em pequenas empresas. Geralmente, um amigo ou familiar topa entrar na sociedade. Nem sempre, no entanto, as coisas funcionam como se espera. “Escolher o sócio de forma incorreta é comum. Ou escolhe só por capital e o negócio não responde ou escolhe a pessoa pela habilidade e ela não entrega o que era esperado”, explica Glauco.

5. Errar no mix de produtos
Um erro fatal em pequenas empresas é o mix de produtos. “Geralmente, o empreendedor escolhe com o próprio olho e não com o olho do cliente. Não foca em pesquisa técnica ou de opinião. Acha que sabe o que cliente quer”, analisa Glauco. Acertar detalhes do ponto de venda, como características da região, do perfil de público e de produtos, é outro fator que merece a dedicação do futuro empresário.

6. Escolher um ponto ruim
A escolha do ponto para a instalação do negócio é crucial. Em tempos de altos preços e grande demanda, este é um dos momentos mais importantes da abertura. “A localização do teu imóvel é muitas vezes a razão do seu sucesso”, define Glauco.
Para Glauco, avaliar a região pensando no tipo de negócio e na circulação de clientes é a chave para não errar. “Existem negócios, principalmente serviços, que dependem muito do ponto escolhido. Clínica, restaurante ou escola podem ser muito bem sucedidos em um lugar ou muito mal a duas quadras dali”, alerta.

7. Desconhecer o mercado
O pecado de instalar a empresa em um ponto comercial ruim está muito ligado ao desconhecimento do mercado. “O fato de ser um bom técnico não o credencia naturalmente a conhecer o mercado”, afirma Glauco.

Faça uma pesquisa, mesmo que informal, antes de começar a investir na empresa. Muitas vezes, o público não precisa ou não está disposto a pagar pelo seu produto.

8. Apostar em modismos
Muitos empreendedores não têm uma ideia de negócio e acabam pegando um modismo da época na esperança de faturar alto com a onda. “Ele acha que vai arrebentar, mas a moda passa e ele fica na mão”, explica Glauco. Para não cair na tentação de seguir as tendências que podem não se confirmar, o melhor é que a empresa tenha um planejamento de longo prazo, que garante um futuro mais sólido para o negócio.

9. Operar na ilegalidade
“Um negócio ilegal não para em pé”, define Glauco. Empreender sem seguir os trâmites legais e burocráticos não funciona. “Para ter uma empresa sustentável, tem que garantir que o negócio é legal e que ainda vai deixar uma margem para o empreendedor”, ensina Glauco. A carga tributária é alta, mas também obrigatória. Por isso, burlar a lei pode causar problemas na justiça e acabar com o sonho do negócio próprio.

10. Não ser empreendedor
Nem todo mundo que pensa em abrir uma empresa realmente serve para isto. Ter atitude empreendedora é requisito básico para não escorregar no começo do negócio. “Tocar um negócio é bem diferente de executar a função específica do negócio. Uma coisa é produzir e outra é conseguir clientes, administrar, ter funcionários”, diz Glauco. Para ele, não estar preparado para empreender é um problema da sociedade. “Nós deveríamos preparar melhor os profissionais para o empreendedorismo”, opina.

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