De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, falta de planejamento, deficiências na gestão e o próprio comportamento empreendedor são as principais causas do fechamento de empresas em seus primeiros anos de atividade.
Glauco explica que 55% dos donos de empresas não elaboraram um plano de negócios antes da abertura, documento que contempla todos os detalhes do empreendimento como aspectos financeiros, mão de obra necessária, estratégias de marketing, perfil do público-alvo, pontos fortes e fracos, riscos, oportunidades, em resumo, tudo o que o empreendedor tem de analisar para exercer sua atividade com mais segurança.
“Esses são alguns equívocos que muitos empreendedores cometem. Eles praticamente abrem uma empresa no escuro, sem o conhecimento básico necessário para entrar no mercado. Isso diminui as chances de a empresa sobreviver”, afirma Glauco.
Glauco também indica que a bagagem que o empresário leva para o negócio faz diferença. Entre as empresas que fecharam as portas em até cinco anos, 58% dos responsáveis disseram ter experiência prévia ou conhecimento no ramo. Já entre os empreendimentos que se mantiveram em atividade, essa parcela aumenta para 72%.
“É fundamental que o empresário se prepare, pois o que está em jogo é o sonho de empreender e, com frequência, são as economias de uma vida ou da família que bancam esse sonho”, ressalta Glauco.
Quantos às estratégias adotadas para atrair clientes, a diferenciação mostra-se mais vantajosa para a manutenção do negócio no mercado do que a aposta em preços competitivos. Entre as empresas ativas, 38% optam por oferecer diferenciais em produtos e serviços, escolha de 26% das que fecharam. Já a adoção de uma política calcada em preços foi a preferência de 31% dos negócios encerrados e 23% dos em funcionamento.
O comportamento empreendedor também influi. Nas empresas que passaram dos cinco anos, os empresários se antecipam aos fatos, buscam informações e perseguem os objetivos com mais frequência do que nas empresas encerradas.
Glauco revelou ainda que parte dos empresários cujos negócios naufragaram vieram a reconhecer o bom planejamento antes da abertura como o fator mais importante para a sobrevivência da empresa. Este grupo reúne 49% das empresas encerradas. Já entre os que se mantiveram ativos no mercado, 36% consideram esse o aspecto mais relevante e 34% apontam a gestão após a abertura como fator mais significativo para a sobrevivência.