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Como usar a tecnologia para se tornar uma empresa sustentável?

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Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, atualmente, um número crescente de organizações está reavaliando a forma como gerenciam ativos de infraestrutura e equipamentos para minimizar o impacto sobre os recursos naturais, em um esforço para promover a segurança ambiental para as gerações futuras.

Essas avaliações levaram a um crescente foco na sustentabilidade e a um novo conjunto de critérios pelos quais os investimentos em ativos e projetos são avaliados. Estes critérios incluem agora a implementação do “triple bottom line approach (tripla abordagem)” – aplicando considerações ambientais, econômicas e sociais aos processos de tomadas de decisão – o que levou às preferências nas classificações Energy Star para construções e equipamentos; normas LEED para projeto e construção de instalações e construção; e classificações Envision para redes de água, esgoto, águas pluviais, vias, parques e construção.

Glauco explica que para muitas organizações, no entanto, a implementação estratégica dessas iniciativas pode ser difícil. Isso pode ocorrer por causa dos sistemas de tecnologia antigos e divergentes utilizados em suas respectivas organizações, bem como pela falta de dados abrangentes que permitam tomar as corretas decisões ambientais, financeiras e com base na participação pública.

Nos últimos anos, contudo, a tecnologia desenvolveu-se rapidamente, de tal maneira que as organizações não são mais forçadas a viver em ambientes tão discrepantes tecnologicamente. Ferramentas avançadas de gestão de ativos agora podem integrar dados de fontes improváveis anteriormente, como gestão de capital humano, aquisição, licenciamento e inspeções, orçamento e planejamento, assim como a fonte provável de aplicativos de gestão financeira e de inteligência empresarial, entre outros. Combinada com objetivos de sustentabilidade claros, eficazes e realistas, e com uma abordagem em TI ampla e estratégica, essa integração pode permitir a realização do triple bottom line. A gestão de ativos, o atendimento ao cliente, as permissões e outros sistemas necessários para implementar uma iniciativa abrangente de sustentabilidade podem tornar-se realidade através da tecnologia – e essa nova realidade é poderosa.

Glauco destaca que as organizações podem sistematicamente obter informações em relação à propriedade de infraestruturas, instalações e equipamentos, além de documentar de forma abrangente a condição física de cada ativo; o valor financeiro, os níveis de depreciação e os custos de curto e longo prazo da propriedade; bem como criar as agendas de manutenção corretiva e preventiva necessárias para melhorar as condições e alcançar níveis sustentáveis de operação.

Além disso, aponta Glauco, à medida que novos empreendimentos privados acontecem na comunidade e enquanto a nova infraestrutura é financiada, os critérios de sustentabilidade podem ser cuidadosamente aplicados aos processos de planejamento, autorização, inspeção e conformidade. Garantias e obrigações de manutenção podem ser precisamente monitoradas, os resultados ambientais podem ser documentados, e os ativos físicos podem ser estabelecidos no âmbito do sistema de registro da gestão de ativos, no mesmo nível das normas financeiras e de serviço dos ativos existentes. E enquanto critérios de sustentabilidade estão intimamente ligados às infraestruturas e equipamentos, tais critérios também podem ser amplamente aplicados a programas de gestão de água, esgoto e águas pluviais, transporte e sistemas de trânsito, bem como para serviços comunitários e de recreação pública.

Além dos principais benefícios da tripla abordagem, as iniciativas de sustentabilidade também têm benefícios auxiliares. Em anos de restrições orçamentárias, elas permitem comparações objetivas e melhorias no programa de planejamento financeiro – permitindo a manutenção orientada e o investimento em áreas críticas ou negligenciadas, além de fornecer os dados que justificam seus impostos e taxas.

Além disso, a preparação e os planos de recuperação para eventuais emergências podem ser melhorados; os serviços contratados ou terceirizados podem ser mais bem planejados, adquiridos e monitorados; o licenciamento e a conformidade normativa para a segurança tornam-se colaborativos e parte da rotina do sistema.

Quando as organizações chegarem a este nível, diz Glauco, os objetivos elevados de sustentabilidade, resiliência e confiabilidade se tornarão padrões tangíveis pelos quais a organização poderá demonstrar seu sucesso e melhoria contínua, com indicadores-chave de desempenho que demonstram que a comunidade está atingindo seus resultados documentados com relação a realizações econômicas, financeiras, de qualidade da vida e ambientais.

Se uma organização tem seu foco principal em infraestrutura, gestão de água e esgoto, fornecimento de transporte público, ou uma mistura diversificada de equipamentos urbanos, resíduos sólidos, instalações, manutenção de frota e outras atividades, a tecnologia de hoje pode permitir avanços na sustentabilidade que antes eram impossíveis ou extremamente difíceis de obter – e esses esforços estão aqui para ficar. As organizações devem estar equipadas com soluções do século 21 que suportem análise, integração e colaboração avançadas. Em última análise, estes esforços servem como uma estrutura para garantir que as gerações futuras possam usufruir dos recursos naturais que temos hoje e definir uma base para seu crescimento contínuo e sucesso.

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