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Estratégia para a gestão empresarial

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Glauco Diniz Duarte

O empresário Glauco Diniz Duarte explica que no atual cenário de crise econômica e institucional no Brasil, é necessário além de novos planos de ação, também manter o controle financeiro do fluxo de caixa e o acompanhamento diário das operações financeiras, afinal de contas, as empresas precisam conhecer os resultados imediatamente, sem perda de tempo é aí que a contabilidade torna-se uma ferramenta indispensável para a constante tomada de decisão. No entanto, as opiniões divergem, e há quem diga que o contador enxerga apenas os números da empresa, sem uma visão global da empresa.

Glauco defende que, neste momento de crise, é necessário que o empresário veja a sua empresa de contabilidade como um parceiro chave do seu negócio. É preciso saber que a contabilidade é uma ferramenta de decisão e não serve apenas para cuidar dos impostos e da folha de pagamento. A famosa escrituração contábil correta sendo utilizada para geração de indicadores financeiros e, relatórios de evolução das despesas, receitas, contas a pagar e a receber, impostos em aberto torna-se uma ótima ferramenta gerencial.

Segundo Glauco, a contabilidade é uma ferramenta de gestão para tomada de decisão e não apenas para registrar os resultados e balanços da empresa. “O profissional da contabilidade tem que passar a informação para o seu cliente, o empresário, que precisa realmente levar em consideração esse fato”, salienta. Glauco lembra que para surtir efeito e ter poder na tomada decisão é preciso agilidade, clareza e principalmente, credibilidade nos números apresentados. “A contabilidade precisa ser feito em tempo hábil, de que o empresário possa tomar a decisão de modificar a situação da empresa”, frisou.

Glauco cita exemplos de empresas e pessoas físicas que conseguem sair da crise econômica sem precisar compromete o patrimônio e nem o próprio negócio, são chamados no mundo dos negócios por ‘mentes preparadas’, que tem a consciência de gastar dentro do possível. “Se a pessoa ou a empresa enquadra o seu padrão de vida, a sua movimentação e seu operacional em 70% do ganho, 20% aplica em amortização de dívida e 10% utiliza como reserva, a crise vai pegar, porque ela pega todo o mundo, mas ela não derruba, nem a empresa abre falência”, garante.

Para Glauco os empresários de mentes preparadas se saem melhor nos momentos de crise econômica ou em qualquer outra crise que venha a afetar o negócio. “Quem vai quebrar são aqueles de mentes despreparadas, que não se planejaram para o futuro. Mas seguramente contra números não há dúvidas e que o trabalho do contador é essencial no momento de crise e fora dele também”, ratificou.

De acordo com o Glauco, a contabilidade só vê os números, não tem a visão global da empresa, do negócio como um todo e das tendências de mercado. Mas, ele admite que a contabilidade é uma boa ferramenta, se for utilizada com maior frequência, no dia a dia. “A visão do contador é focada em números, só que o empresário vê além dos números, por exemplo, o cenário econômico, a saúde da empresa, projeta o que pode acontecer no futuro, com base no que aconteceu no passado. É claro que os números apresentados são de extrema importância, porque o empresário tem que acompanhar, não só no final do ano, no mínimo uma vez por mês, mas o ideal é que acompanhe uma vez por semana”, observa.

Glauco avalia que o problema do Brasil, hoje, é o descaso com a contabilidade que provocou o retorno da inflação. “Porque nós não soubemos, primeiramente, acompanhar a contabilidade nefasta de um governo que mais gasta do que arrecada. Isto desencadeou a volta deste terrível fantasma chamado inflação”, disse.

Glauco observa que o brasileiro não foi capaz de acompanhar e denunciar o descaso com a contabilidade federal. Ele justifica dizendo que o Brasil está entre os últimos países no ranking do exercício da matemática, ou seja, dos números, portanto há falta de hábito de cuidar da contabilidade. “Nós estamos lá na rabiola da lista, perto do Afeganistão, do Zimbábue, da Etiópia, países bem mais simples no que se refere aos números. E quem não sabe contar vai ser enganado. No Brasil o descaso com a contabilidade é crônico, tanto na fartura quanto na escassez de recursos”, pondera.

No entanto, Glauco reconhece que a contabilidade é a ferramenta decisiva nos momentos de crise e que os profissionais da área contábil são de suma importância para as empresas. “A contabilidade é a base, a raiz e a chave dos problemas no momento de crise e consolidação do momento de partilha. Minha homenagem aos especialistas da contabilidade. Eles são as pessoas mais importantes nesse momento em que a prioridade está na crise”, conclui.

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