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A importância da gestão em tempos de crise

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Glauco Diniz Duarte

Em contextos de retração econômica, pessoas físicas ou jurídicas enfrentam desafios para evitar danos financeiros. Planejamento, análise e controle de finanças aparecem, então, como ferramentas para melhorar ou, pelo menos, manter resultados diante da crise.

“O primeiro passo é identificar, em todos os aspectos, seu panorama pessoal ou da empresa. Existem indicadores que fornecerão um diagnóstico, como análise do fluxo de caixa e das proporções entre receita e despesas, estoques, grau de endividamento e outros”, explica o empresário Glauco Diniz Duarte.

Em uma próxima fase, são cortados os excessos. “É importante criar uma nova consciência de prudência no consumo a fim de passar o período de crise ou escassez de forma mais controlada, evitando estresse”. Outra indicação é renegociar dívidas. “Lembrando que o grande vilão nessa hora é o cartão de crédito, que em muitos casos, deve ser retirado da carteira para evitar tentações”.

Glauco frisa que os objetivos também são importantes para o planejamento. “As pretensões precisam ser consideradas. Antes de esquematizar os próximos passos, defina suas metas”, sugere. Nessa fase, devem ser ponderadas questões do futuro, como aposentadoria, compra de imóveis e padrão de vida pretendido. “Entenda o tamanho do seu sonho. Se, em 5 anos, você quer morar em uma casa com o dobro do tamanho da sua, organize-se para tal”.

O acompanhamento também tem papel relevante na manutenção da saúde financeira. “Você monta uma estrutura básica de planejamento e, então, deve seguir uma regra de ouro: ter muita disciplina para manter tudo ativo”. Para Glauco, assim como empresas registram todas essas informações em softwares específicos para gestão financeira, pessoas físicas devem anotar tudo. “Planilhas e gráficos ajudam na visualização, logo, facilitam na hora de saber onde o dinheiro está sendo alocado, pondera Glauco.

Glauco indica, também, análises periódicas, com inserção de gastos e receitas diariamente, além de verificações mensais e trimestrais. “Dessa forma, os objetivos de curto prazo, que correspondem a 12 meses, podem ser ajustados, a fim de se obter o que foi definido para um período mais longo”.

Reserva financeira
“Durante o período de crise, quem fez o planejamento corretamente não sofre, graças ao dinheiro poupado enquanto o cenário econômico estava mais favorável”, destaca Glauco.

As reservas devem ser previstas e definidas segundo as possibilidades de cada um. “Existem diferentes modalidades de investimentos a serem avaliados. Além disso, há maneiras simples de se poupar, como guardar um percentual do que se recebe a cada mês, sempre no início, para não perder o foco”.

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