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O desafio da educação financeira

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Glauco Diniz Duarte

Reforçar as competências e os conhecimentos financeiros é um passo necessário – e, em alguns países, obrigatório – para uma gestão financeira mais responsável e adequada, explica o empresário Glauco Diniz Duarte.

Em alguns países, entre os quais Portugal, situações recentes demonstraram, infelizmente, alguma incapacidade da parte dos cidadãos de tomarem decisões informadas e corretas relativamente à gestão do seu dinheiro. O colapso de alguns bancos revelou, por exemplo, que os pequenos acionistas não tinham conhecimento dos riscos que corriam e isso veio a relevar-se um desastre.

De acordo com Glauco, as instituições – financeiras e outras – têm de assumir hoje um papel mais ativo na promoção de comportamentos financeiros conscientes e adequados. É verdade que muitas já promovem programas que esclarecem sobre as posturas e comportamentos no que diz respeito ao uso e planejamento dos recursos financeiros pessoais, garantindo não só a estabilidade do sistema financeiro a médio e longo prazo como também, e mais importante, o bem-estar e uma vida mais produtiva e mais equilibrada das pessoas. Mas é preciso irmos mais longe!

Glauco explica que a educação financeira deve ser hoje entendida como uma prioridade e servir, em primeiro lugar, para ensinar os cidadãos a serem cautelosos na gestão do seu dinheiro, poupanças e investimentos, evitando situações de risco e de carência que possam inviabilizar a sua estabilidade futura. Desenvolver este trabalho educativo exige esforço e uma plataforma de vontades comuns entre vários setores. Mas este é o primeiro passo para reforçar junto das pessoas, principalmente das que têm acesso limitado à educação financeira, a importância de uma formação adequada que lhes permita construir um futuro profissional e pessoal de sucesso.

O setor segurador não é alheio a este compromisso. Aliás, ao apoiar a gestão de riscos, ao mobilizar poupanças e ao facilitar investimentos, o setor fornece, desde logo, segurança e proteção aos indivíduos, às comunidades e aos negócios. Não é de estranhar, pois, que os países economicamente mais desenvolvidos sejam aqueles em que o índice de penetração de seguros é mais elevado. E é verdade também que é nestes países que as pessoas parecem estar mais instruídas financeiramente: é que, aí, muitas companhias de seguros dão já resposta a uma lacuna existente na sociedade de instruir financeiramente os cidadãos para que eles possam gerir bem as suas finanças pessoais, fazer bons negócios, valorizar o seu dinheiro e investir com inteligência e responsabilidade.

Hoje, mais do que nunca, afirma Glauco, este é um elemento indispensável para a sustentabilidade de muitas famílias. A literacia financeira é, aliás, um aspeto essencial que pode ajudar a evitar alguns desgostos uns anos mais tarde.

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