De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, na década de 90, a palavra de ordem nas empresas para alcançar o aumento da margem de lucro era redução de custos. Nomenclaturas, como reengenharia de processos, enxugamento na estrutura organizacional, downsizing e descentralização, ecoavam com frequência pelos corredores tumultuados das salas de CEOs em diversas corporações, como uma espécie de “dança da chuva corporativa”.
Todavia, destaca Glauco, o tempo passou e compreendeu-se que só isso não era suficiente para fazer uma empresa crescer em momentos de crise econômica. Surgiu então a consciência empresarial de que a elisão fiscal (planejamento tributário) era de fundamental importância para reduzir custos, ganhar competitividade no mercado e, assim, continuar se expandindo, mesmo em momentos de retração.
Entretanto, se por um lado, ninguém duvida que uma boa gestão tributária confere robustez aos objetivos estratégicos de uma organização, por outro, poucos gestores conseguem, de fato materializar o conceito em soluções práticas para reduzir o ônus tributário de forma legal.
Pensando nessa problemática, Glauco elaborou algumas dicas essenciais para que você não deixe seu negócio se perder no oceano de obrigações fiscais que esfarelam seu lucro! Você descobrirá também alguns dos impactos de uma boa gestão tributária. Confira!
Não abra mão de ter a tecnologia ao seu lado
O sistema tributário nacional é composto atualmente por mais de 50 tributos em diversas esferas, além de uma legislação confusa, desatualizada e sobreposta, que torna a prestação de contas ao Fisco um verdadeiro castigo. Para piorar, a imensidão de fatos geradores dilacera o faturamento da empresa, tornando, muitas vezes, impossível controlar as finanças e manter as portas abertas.
Segundo Glauco, em um cenário desafiador como esse, abrir mão de sistemas automatizados de gestão financeira é quase deixar assinado o testamento da empresa. Até porque existem hoje no mercado softwares de alto desempenho em gerenciamento financeiro – e a custo baixo –, como o QuickBooks ZeroPaper, uma poderosa ferramenta de organização corporativa que traz um fluxo de caixa eletrônico fácil de ser atualizado (otimizando seu controle de receitas e despesas), possibilidade de emissão de boletos e criação de gráficos e relatórios de gestão fiscal: tudo muito simples e perfeito para levar sua gestão tributária e financeira a grau de excelência.
Planejamento tributário deve ser “cirúrgico” às particularidades de sua atividade
O que se aplica a uma empresa pode não representar vantagem a outra. Tudo deve ser cuidadosamente analisado caso a caso. Parafraseando o mestre Láudio Fabretti: “o planejamento tributário exige, antes de tudo, bom senso do planejador. Há alternativas legais válidas para grandes empresas, mas que são inviáveis para as médias e pequenas empresas, dado o custo que as operações necessárias para execução desse planejamento podem exigir. A relação custo/benefício deve ser muito bem avaliada. Não há mágica em planejamento tributário, apenas alternativas, cujas relações custo/benefício variam muito em função dos valores envolvidos, da época, do local, etc.”
Escolha o regime tributário mais vantajoso à natureza de seu negócio
Imagine um microempresário que desconhece os benefícios do enquadramento no Supersimples e, por equívoco, apura seus tributos na modalidade “Lucro Real”? O enquadramento da empresa deve ser feito com base em estudos que envolvem o cálculo do lucro, área de atuação e simulações em cada modalidade, sendo que o enquadramento inadequado pode fazer a empresa ser obrigada a pagar tributos desnecessários.
O que uma boa gestão tributária pode trazer às empresas?
– Redução do risco de ser autuado pela Receita Federal, sonegação ou inconsistência nos dados registrados;
– Redução do ônus tributário, o que representa mais recursos disponíveis para investimentos (“empresa dentro da lei, dinheiro dentro do caixa”);