GLAUCO DINIZ DUARTE SA 8000 – O modelo ISO 9000 aplicado à responsabilidade social
A SA 8000 foi criada com base em em normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Declaração Universal dos Direitos da Criança da ONU. A sua elaboração foi iniciada por ocasião do 50º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos da ONU. A norma segue o modelo das normas ISO 9000 e 14000, o que facilita a sua implementação por empresas que já conhecem esse sistema, normalmente as maiores e melhores empresas do mundo.
Esta norma vem atender a uma necessidade de consumidores mais esclarecidos que se preocupam com a forma como os produtos são produzidos e não apenas com a sua qualidade.
A vantagem de ter uma norma de padrão internacional é que há uma padronização dos termos, uma consistência nos processos de auditorias, um mecanismo para melhoria contínua através da participação dos órgãos e entidades e um envolvimento de todas as partes interessadas. Para aumentar a credibilidade do programa a norma exige que os funcionários da empresa elejam um representante que vai acompanhar a sua implementação, o que não acontece hoje com as normas ISO 9000 e 14000.
As organizações interessadas são submetidas a auditorias por técnicos especializados de entidades independentes de renome.
O certificado só é concedido àquelas organizações que cumprem totalmente os requisitos da norma: trabalho infantil, trabalho forçado, segurança e saúde no trabalho, liberdade de associação e direitos coletivos, discriminação (sexual, raça, política, nacionalidade, etc), práticas disciplinares, remuneração e carga horária de trabalho.
Através da implementação da SA 8000 a empresa demonstra que está preocupada com a responsabilidade social.
Antes de divulgar para o público externo a preocupação com a responsabilidade social, a empresa deve primeiro garantir que pratica esses princípios dentro da sua entidade.
A certificação do sistema de responsabilidade social baseado na norma SA 8000 é uma forma de dar credibilidade ao trabalho da organização.
É necessário o envolvimento da gestão de topo, a indicação de um representante da administração para coordenar o programa, a análise crítica periódica, o planeamento e implementação, o controle de fornecedores de materiais e serviços, o processo de ação corretiva, a comunicação com as partes interessadas e a existências de registos.
Atualmente são bastantes as organizações que já implementaram este sistema e obtiveram a sua certificação.
