GLAUCO DINIZ DUARTE 7 pilares para a excelência na execução da gestão
Conseguir executar as estratégias é uma das maiores preocupações das empresas atualmente. No meio corporativo, houve muito avanço para conseguir elaborar um bom plano estratégico, definindo objetivos e metas claras, principalmente com a adoção do método BSC (balanced scorecard) por grande parte das organizações. Porém, na hora de implantar a estratégia e transformá-la em rotina de gestão, a maioria das empresas ainda encontra dificuldade para colocá-la em prática. As razões para isto são inúmeras, como a falta de tempo para implantação, a priorização da resolução de problemas emergenciais em detrimento de ações estratégias, a cobrança por resultados imediatos e não por metas de longo prazo, a ausência de recursos financeiros e humanos para executar o planejado e o despreparo profissional para desempenhar atividades mais estratégicas.
Analisando este contexto, propomos um método de trabalho prático e objetivo voltado à execução da estratégia por meio da gestão dos processos de negócio. Isso significa entender os processos necessários para alcançar os objetivos planejados, definir planos de ação para melhorar tais processos e acompanhar sua execução continuamente, além de analisar os resultados a partir de indicadores de desempenho relevantes.
Aliados a essas questões, cinco pontos são essenciais para garantir o sucesso da execução por meio dos processos. O primeiro deles é a priorização, em que se estabelecem ciclos de trabalho ao longo do ano e dividem-se as ações planejadas, mantendo um equilíbrio de alocação de recursos humanos e financeiros para execução das mesmas. Em seguida está a colaboração, que busca envolver pessoas de diferentes características e habilidades durante as atividades, de preferência promovendo reuniões de trabalho em grupo para analisar os problemas e definir as ações a serem executadas.
O terceiro ponto diz respeito à disciplina, que inclui a definição de rotinas de trabalho e seu cumprimento à risca como, por exemplo, com reuniões semanais de acompanhamento do plano de ação e reuniões mensais de análise de resultados. Outra importante questão é focar na execução das ações definidas, procurando alterar o mínimo possível o que foi planejado e analisar se realmente os processos estão melhorando e se as estratégias estão sendo alcançadas. O quinto aspecto está relacionado à integração das ações, que visa estruturar um modelo de governança dos trabalhos que integre estratégia, projetos e processos em uma gestão única, buscando a excelência operacional e de gestão da organização.
Além destes pontos, dois outros assuntos relacionados à gestão de pessoas são fatores críticos para a implementação da estratégia e complementam os sete pilares da execução eficaz. Um deles é a participação da alta direção, que deve não só patrocinar e apoiar as atividades, mas também participar ativamente das etapas em que é envolvida, enxergando a execução da estratégia como uma grande ferramenta de gestão do negócio. Os maiores casos de sucesso que encontramos são aqueles em que seu principal executivo está intimamente ligado na execução das ações.
O sétimo e último tópico relevante está ligado ao engajamento da liderança. Os gestores dos processos e dos projetos estratégicos são aqueles que realmente executam as ações. Logo, precisam ser capacitados tecnicamente e motivados para o trabalho, criando-se inclusive ferramentas de reconhecimento e recompensa tanto pelo esforço como pelos resultados alcançados.
Alinhando com o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), o que propomos são premissas para garantir que as estratégias e planos elaborados sejam executados pela gestão de processos com um alto comprometimento da liderança da organização. Embora pareça complexa, a implantação deste plano de trabalho pode ser bastante simples, desde que todos esses aspectos estejam alinhados, sejam respeitados e façam parte da visão sistêmica da empresa.