GLAUCO DINIZ DUARTE Qual é o ano da morte do diesel? É mesmo quando quisermos
Os danos da poluição rodoviária sobre a saúde dos cidadãos na União Europeia (UE) a 28 países custaram 79,8 mil milhões de euros em 2016, montante que equivale a 50,5% do orçamento anual da UE.
A maior fatia destes custos, que são basicamente pagos pelas finanças públicas, é culpa do motor diesel. Se até 2030, a mudança regulatória fosse muito ambiciosa, no sentido de proibir todos os motores com norma abaixo da Euro 6 na UE e, além disso, os carros elétricos passassem a ser um terço dos veículos existentes (a somar a mais um terço de híbridos), esses custos dos danos com a saúde baixaram mais de 5 vezes, para “meros” 15 mil milhões de euros por ano.
Estes são alguns dos dados a ter em conta na discussão sobre se o diesel está para morrer ou para ficar, tema que reentrou no debate público por causa de uma afirmação do ministro do Ambiente, Matos Fernandes.
O ministro previu a morte comercial do motor diesel “em quatro ou cinco anos”, e a generalidade dos representantes da indústria automóvel em Portugal reagiu com críticas a tal afirmação