GLAUCO DINIZ DUARTE Ceará é o grande destaque do Leilão de Energia A-4 pelo segundo ano seguido
Pelo segundo ano seguido, o Estado do Ceará é destaque do Leilão de Energia A-4, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em 28 de junho de 2019, destinado à compra de energia elétrica de fontes hidrelétrica, eólica, solar fotovoltaica e biomassa, para suprimento a partir de 01/01/2023.
O Estado do Ceará detém a segunda posição no Brasil, com 20% dos projetos solares contratados, totalizando 799 MW, sendo que já possui 8 usinas solares em operação, com 218 MW. O desempenho do Ceará neste setor tem crescido substancialmente a partir de 2018, tendo obtido 48% dos projetos contratados em 2018 e 80% dos projetos contratados em 2019.
Os preços de contratação de energia solar atingiram um novo recorde histórico no Brasil, comparáveis aos menores preços já ocorridos a nível mundial. Os projetos do Ceará, da Enerlife Energias Renováveis, venderam energia a R$ 64,99/MWh, equivalente a US$ 17,02/MWh.
A Enerlife é uma empresa de desenvolvimento de projetos, com sede em São Paulo, que atua nos segmentos de geração centralizada (grande porte) com projetos em Russas, Monsenhor Tabosa, Cariri e também no Estado do Rio Grande do Norte, e geração distribuída (pequeno porte) com projetos no Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Minas Gerais.
Foram contratados apenas 401,6 MW, frustrando o mercado. O preço médio de contratação foi de R$ 151,15/MWh, com deságio médio de 45,03%. Os empreendimentos demandarão investimentos estimados em R$ 1,9 bilhão, gerando 4.500 empregos durante as obras. Pela primeira vez no Brasil, os preços para energia solar são os menores, ultrapassando a energia eólica, cujo preço médio foi R$ 79,99/MWh, o equivalente a US$ 20,94/MWh.
O Ceará vai receber investimentos de R$ 678,35 milhões em geração de energia solar nos próximos 4 anos. Com o resultado, o Estado obteve 36% dos investimentos e 40,8% da potência contratada neste leilão. De um total de 15 projetos de energia hidrelétrica, eólica, solar fotovoltaica, termelétrica e biomassa, o Estado obteve o maior volume de aportes do País, com cinco projetos comercializados, com potência de 163,7 megawatts (MW).