Glauco Diniz Duarte – onde comprar placa fotovoltaica
O Painel Solar, também chamado de placa solar ou placa de luz solar, é um equipamento chave de um sistema solar fotovoltaico.É composto por um conjunto de células solares fotovoltaicas, responsáveis por converter a luz do sol em energia elétrica.
Quando falamos de sistemas solares fotovoltaicos, a imagem que vem a cabeça para a maioria das pessoas é aquela do painel solar instalado nos tetos das residências e empresas, que capta a luz do sol e a transforma em energia elétrica.
Porém, você sabe dizer do que são feitas essas placas, como são fabricadas e qual o processo exato que resulta na geração de energia elétrica através da energia solar?
Essas e várias outras informações importantes serão respondidas nesse artigo elaborado pelo instrutor técnico da Blue Sol, Ronilson di Sousa.
A Exposição do Painel Solar
Apesar de não ser o componente mais importante em um sistema solar fotovoltaico (também conhecido como geradores de energia solar fotovoltaica), o chamado painel solar é, de longe, o mais aparente.
Toda essa exposição acontece porque, principalmente quando instalado em uma casa na cidade, o espaço disponível no terreno costuma ser reduzido, implicando no uso do painel solar nos telhados.
O grande segredo é o posicionamento das placas solares de modo que recebam uma maior radiação solar direta, sem a interferência de sombras, aproveitando assim essa fonte de energia renovável tão abundante que é o sol.
A incidência direta da radiação solar é muito importante para que as células fotovoltaicas apresentem a melhor eficiência na conversão da radiação solar em energia elétrica, pois, quanto mais luz direta o painel fotovoltaico recebe, mais energia elétrica será gerada.
Isto porque, o funcionamento das células fotovoltaicas que compõem os módulos fotovoltaicos (como são corretamente conhecidas as placas solares) é extremamente dependente da entrada das partículas de luz (os fótons) em seu interior.
Entendendo o funcionamento do Painel Solar
O Efeito Fotovoltaico
O que faz uma célula fotovoltaica gerar eletricidade é o efeito fotovoltaico, que nada mais é do aparecimento de uma diferença de potencial (ou seja, uma tensão, popularmente conhecida como voltagem) em seu interior, causado pela ação dos fótons (partículas de luz) que interagem com os elétrons dos átomos do material utilizado para a produção da célula fotovoltaica.
É comum representar o efeito fotovoltaico através de uma imagem que simbolize uma célula fotovoltaica, como esta abaixo:
Efeito fotovoltaico em uma célula fotovoltaica de silício cristalizado
As células fotovoltaicas de silício são compostas por duas metades de material semicondutor, combinado com outros materiais, de forma a alterar a sua estrutura eletrônica.
Assim, uma das metades se torna negativa (com sobra de elétrons) e a outra metade se torna positiva (com falta de elétrons).
Na área de contato entre as duas metades (chamada de área de junção-PN) há a formação de um campo elétrico, que impede que os elétrons em excesso do lado negativo a atravessem e cheguem até a outra metade com ‘falta de elétrons’.
Com a entrada da radiação luminosa, os elétrons das camadas externas dos átomos ganham energia suficiente, doada pelos fótons, para se libertarem da força de atração dos núcleos dos átomos e assim se tornarem elétrons livres.
Devido ao campo elétrico da Junção-PN, esses elétrons se acumulam na metade negativa e é por isso que na face das células fotovoltaicas há uma finíssima grade (feita geralmente com uma pasta de prata) que serve para capturar os elétrons livres, permitindo que se forme uma corrente elétrica.
Essa corrente elétrica é aproveitada na realização de um trabalho útil, que pode ser a alimentação de algum equipamento elétrico, ou o carregamento um banco de baterias.
Resumindo
As partículas de luz do sol, os fótons, ao entrar em contato com a célula fotovoltaica, fazem com que os elétrons dos átomos de silício se energizem e desprendam-se, sendo transportados do lado negativo para o lado positivo, dessa forma criando-se uma corrente elétrica contínua.
A eficiência dos módulos fotovoltaicos
As células fotovoltaicas de silício cristalizado absorvem a radiação solar em uma faixa muito estreita do espectro da radiação.
Fótons com energia superior à necessária (próximos à luz ultravioleta, com frequência mais alta) concedem energia em excesso, que será transformada em calor.
Fótons com energia inferior à necessária (próximos à luz infravermelha, com frequência mais baixa) não concedem energia suficiente para a liberação dos elétrons, e essa energia é convertida em calor.
Mesmo dentro da faixa aproveitável, apenas uma parte dos fótons têm a energia correta para o efeito fotovoltaico e os fótons com mais energia contribuem com maior geração de calor.
Com o calor, as células fotovoltaicas de silício cristalino perdem eficiência, pois a tensão da célula cai e, portanto, a potência que essa pode gerar cai também.
Na área da junção-PN há um gradiente elétrico que contribui para aumentar as perdas na conversão fotovoltaica.
Durante a fabricação de um módulo fotovoltaico, a conexão das células fotovoltaicas em série também aumentam as perdas, pois a resistência entre as ligações é somada.
Os fabricantes trabalham com técnicas de produção aprimoradas que visam diminuir as perdas individuais e coletivas das células, para assim alcançar a máxima eficiência.
Aproveitamento da luz visível pelas células fotovoltaicas
Tenha em mente que as células fotovoltaicas apresentam eficiências maiores que os módulos fotovoltaicos (painel solar), pois a eficiência é baseada na área total que recebe a radiação solar.
Isso porque os módulos fotovoltaicos têm muita área “morta”, como os espaços entre as células, as bordas e também a moldura.
Resumindo
Uma desvantagem é que, de toda a radiação solar que atinge os módulos fotovoltaicos, apenas uma porcentagem dela chega em condições adequadas para que ocorra a realização do efeito fotovoltaico nas células do módulo.
Dessa parte aproveitável, apenas uma quantidade consegue ser aproveitada pelos módulos para a geração de energia elétrica solar, devido as perdas por fatores elétricos e físicos do mesmo.
MÓDULOS FOTOVOLTAICOS
A célula Fotovoltaica
Uma única célula fotovoltaica gera muito pouca potência (energia produzida). As células fotovoltaicas de silício cristalizado geram valores de tensão (voltagem) em torno de 0,5 V (meio volt), independente de sua área.
Mas a geração de corrente elétrica é dependente da área, quanto maior (mais larga) é a célula fotovoltaica, mais corrente elétrica ela gera; algo em torno de 30 mA/cm² (miliamperes por centímetro quadrado).
Para que seja possível utilizar a energia gerada pelas células fotovoltaicas, e para que seja possível instala-las em algum local, é necessário associar uma grande quantidade delas, e “encapsula-las” apropriadamente.
Isso é justamente o que é um módulo fotovoltaico, popularmente chamado de placa solar (lembrando que painel solar é um conjunto de placas, ou módulos).
O Módulo Fotovoltaico
Por definição, um módulo fotovoltaico (nome correto do que é chamado popularmente de placa solar) é um conjunto de células fotovoltaicas associadas (geralmente em série) e encapsuladas com materiais que dão robustez mecânica, permitindo a entrada de luz, auxiliando no resfriamento e permitindo a associação de vários módulos e sua fixação em uma estrutura apropriada.
Um típico módulo fotovoltaico (placa solar) feito com células fotovoltaicas de silício cristalizado (c-Si) tem a estrutura física mostrada na imagem abaixo:
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O que vemos na imagem acima é um “sanduíche” das células fotovoltaicas entre uma lâmina de vidro, na parte de cima do módulo.
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Uma lâmina de elastômero termoplástico (cuja sigla em inglês é TPE, de thermoplastic elastomer), na parte de baixo.
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Entre o vidro, as células fotovoltaicas e o TPE, utiliza-se folhas de etileno acetato de vinila (também chamado de etil vinil acetato; em inglês: ethylene vinyl acetate; mais conhecido pela sigla EVA).