
Glauco Diniz Duarte – como painel solar funciona
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, nada melhor do que aproveitar o sol que esse nosso país tropical tem a oferecer para economizar dinheiro e, ainda, ajudar a preservar o meio ambiente, não é mesmo? Pois há uma série de maneiras de se fazer isso, utilizando a energia produzida para aquecer a água ou simplesmente secando as roupas ao natural, por exemplo. O que muita gente não sabe ainda é que é possível utilizá-lo para gerar energia elétrica na sua própria casa ou empresa!
Ao contrário de outras diversas alternativas, a produção de energia elétrica por meio da captação da luz solar é de grande viabilidade no uso doméstico, tanto que tem se tornado parte da matriz energética do Brasil, já que o país recebe uma enorme quantidade de radiação.
Hoje em dia qualquer pessoa já está devidamente autorizada a ter uma pequena geração em casa, ou seja, já é permitido aos consumidores gerar parte — ou quiçá toda — eletricidade que consomem a partir de sistemas que trabalhem junto à sua rede de distribuição. E a tecnologia que mais se adequa à essa resolução é a energia solar fotovoltaica.
Quer saber um pouquinho mais sobre esse assunto? Então confira já nosso post e tire todas as suas dúvidas! Vamos lá?
Como essa energia foi criada?
O efeito fotovoltaico foi demonstrado pela primeira vez pelo físico francês Alexandre Edmond Becquerel, por meio de um experimento, em 1839. Nessa mesma época, Willoughby Smith já havia descrito o efeito da luz em selênio durante a passagem de uma corrente elétrica, em um artigo que foi publicado na revista Nature. Mas apenas em 1883 foram construídas as primeiras células — nome de cada elemento individual do sistema fotovoltaico —, por Charles Fritts.
Desde a década de 1970, a energia solar se encontra permanentemente na pauta das discussões sustentáveis dos governos do hemisfério norte. Israel, por exemplo, foi a primeira nação a desenvolver uma política pública com esse mote, já em 1980, apesar de, nesse período, a produção mundial ainda ser muito pequena. Foi em 1994 que se deu a primeira Conferência Mundial Fotovoltaica, no Havaí, e o século XX acabou mais de mil megawatts em sistemas já estabelecidos no mundo.
E como tudo isso funciona?
Os painéis, constituídos por várias células no mesmo circuito, são utilizados para converter a luz do sol em energia elétrica. Essas células, de cor escura, normalmente são de silício ou arseniato de gálio. A produção varia de acordo com a época do ano e também com a região onde o painel é instalado, tendo em vista que esses fatores influenciam na quantidade de luz recebida.
Já as células fotovoltaicas são formadas por, no mínimo, duas camadas de materiais semicondutores, um com carga positiva e o outro, negativa. Alguns materiais exibem propriedades que os fazem absorver fótons — partículas que compõem a luz solar — e liberar elétrons. Quando a camada negativa da célula tiver absorvido fótons suficientes, os elétrons são liberados, migrando para a camada positiva. Assim é criada uma diferença de potencial entre as duas camadas, como acontece em uma célula comum.
Dessa forma, ao ligar o sistema a um eletrodoméstico, os elétrons circulam pelo circuito e criam eletricidade. Parece mágica, não é verdade? Como os sistemas fotovoltaicos só geram energia enquanto há sol, a regulamentação brasileira prevê que, durante o dia, o medidor meça se há mais geração que consumo, ou o contrário, gerando créditos ou cobrança na conta conforme essa medição, criando espécies de créditos energéticos válidos por até três anos.
E o melhor de tudo é saber que, em sua operação, os painéis são completamente limpos, ou seja, não geram resíduos ou emitem gases nocivos ao meio ambiente, ainda produzindo energia de fonte renovável.









































