Glauco Diniz Duarte – multi aquecimento e energia solar fotovoltaica
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, a energia fotovoltaica cada vez mais se faz presente no dia a dia do brasileiro. Dados da ABSOLAR (Agência Brasileira de Energia Solar) mostram que, em 2018, o país instalou 1,2 GW dessa modalidade, somando 2,4 GW de capacidade instalada. Com isso, cada vez mais a participação de energias limpas aumenta na matriz energética brasileira.
Esse aumento é devido diversos fatores. Bancos estão oferecendo financiamentos na área; Empresas especializadas no ramo, como a ENETEC, surgem para atender uma demanda cada vez maior do mercado; E, por fim, os custos de implementação tem caído cada vez mais. Isso acarreta em um retorno sobre o investimento (ROI) menor, ou seja, um menor tempo para recuperação do investimento.
O sistema on-grid
O que define o sistema on-grid é que ele é conectado diretamente na rede. Isso significa que a energia produzida é enviada para a concessionária que, por um sistema de créditos, abate parte da sua conta de luz. Vale lembrar que não é possível zerar a conta de luz utilizando o on-grid, uma vez que nela incidem tributos mínimos para a manutenção do sistema de fornecimento da concessionária.
As principais vantagens desse sistema são:
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É a opção mais barata, por conta de não ser necessário comprar baterias para armazenar a energia produzida;
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A manutenção do sistema é barata e dura por mais tempo. As placas têm vida útil de 25 a 30 anos;
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Caso o proprietário possua outra residência ou empreendimento sob o mesmo CPF ou CNPJ, ele pode utilizar os créditos para abater a conta de energia desses locais;
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O sistema é mais eficiente, uma vez que a energia é injetada diretamente na rede.
A desvantagem desse tipo de estrutura é que, em caso de apagão na sua rua, você continuará sem energia, uma vez que seu sistema é automaticamente desativado por questões de segurança.
O on-grid é o sistema mais encontrado em residências, por conta dos benefícios citados acima. O ROI ocorre em um tempo menor. Estudos feitos pela consultoria americana Bloomberg New Energy Finance estimam que, até 2040, o Brasil receberá 97 bilhões de dólares em investimento em energia solar. Certamente, boa parte dos novos sistemas instalados serão on-grid.
O sistema off-grid
Diferente do anterior, o sistema off-grid não é conectado à rede de distribuição. A energia é armazenada diretamente em baterias que irão alimentar o domicílio. As vantagens, nesse caso, são:
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Se ocorrer algum apagão e se suas baterias estiverem carregadas, sua casa ainda possuirá energia;
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Não tendo vínculos com a rede de distribuição, você não receberá cobranças da concessionária;
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Você pode possuir energia em locais remotos, onde a concessionária não tem acesso.
A principal desvantagem, contudo, é que o off-grid é um sistema mais caro, por conta das baterias. Além disso, a vida útil delas é bem menor – em torno de 5 anos ou menos -, obrigando o usuário a trocá-las recorrentemente.
Qual sistema eu devo escolher?
Essa escolha depende de uma série de fatores que devem ser analisados durante a execução do projeto. Não há resposta certa, mas costuma-se existir um perfil claro para cada sistema.
Se você vive em uma região urbana, com acesso a energia e deseja pagar menos na sua conta de luz, o on-grid é mais recomendado para você. O sistema de créditos e o preço mais barato são os argumentos mais fortes nesse caso.
Se você vive em uma região rural ou precisa garantir que sua casa sempre tenha energia, o sistema off-grid se encaixa para o seu perfil. Às vezes, é preciso manter algum sistema de refrigeração sempre ligado, por exemplo. As baterias podem te fornecer essa garantia.
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