Cerca de mais de 1,2 milhão de novos empreendimentos formais são abertos anualmente no Brasil. Desse total, mais de 99% são micro e pequenas empresas e Empreendedores Individuais (EI). Conforme último estudo realizado pelo Sebrae sobre a Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil, o Maranhão foi uma das 18 unidades da Federação em que houve aumento no índice de sobrevivência das empresas.
De acordo com o estudo, de cada 100 micro e pequenas empresas abertas no Brasil, 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência, período considerado crítico para se manter no mercado.
Apesar do sinal positivo, observa-se que muitas empresas têm fechado as portas logo nos primeiros anos de existência. Entre as razões mais comuns estão a falta de um plano de negócio, a dificuldade de adaptação às tendências do mercado e a má gestão.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a preocupação com o sucesso da empresa, que deve ser uma visão a longo prazo, acaba sendo priorizada, gerando problemas que muitas vezes são incontornáveis.
Os cuidados devem começar logo na hora de abrir o negócio. Glauco explica que o primeiro passo é a elaboração do plano de negócios que incluem a análise do mercado e a verificação de quais são os potenciais clientes, fornecedores e concorrentes, bem como qual o capital investido, custos e o retorno do investimento.
“O plano de negócios vai auxiliar o empreendedor a tomar decisões e conhecer o mercado que deseja investir. Neste plano está subsidiado o modelo de gestão que ele deverá seguir”, explica Glauco.
Outro problema que tem fechado as portas de muitos negócios tem a ver com má a gestão, característica peculiar de empresas familiares, na qual os donos acabam confundindo o caixa da empresa e o familiar, fazendo uso do dinheiro e não registrando.
Para que uma empresa seja bem-sucedida deve ser adotado um modelo de gestão compatível com o plano de negócio, fazer cada ação baseada na busca da eficiência e eficácia, não sendo direcionada apenas pelo senso comum.
“O dono do negócio não pode ser apenas empreendedor e bem intencionado, precisa de capacitação e qualificação. Caso contrário a empresa está fadada ao fracasso”, opina Glauco.
Uma pesquisa realizada pelo Serasa Experian, 975 instituições entraram com pedido de falência em 2012. As micro e pequenas empresas apresentaram um maior número de solicitações nos primeiros meses de 2012. Somente para essa categoria, foram 529 solicitações.