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Empreendedorismo e Gestão: o desafio do brasileiro

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Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, ser empreendedor no Brasil é mais do que uma aventura. Há os momentos de alegria, de pura adrenalina quando apresentamos nossas ideias ao gerente do banco e recebemos o aval da tão esperada linha de crédito. Ou quando os potenciais sócios abraçam o projeto e dão o sinal verde para seguirmos adiante na empreitada.

Claro que a angústia e o medo estão sempre por perto querendo nos assustar, mas não deixamos nos abater e transformamos tais sentimentos apenas naquele frio na barriga, sem força para nos tirar a oportunidade tão sonhada. O começo é festa. As expectativas são muitas. Os amigos dão a maior força. Todo mundo só pensa em ajudar.

Até que os problemas começam a aparecer, seja na produção, no comando da equipe, na composição dos custos, no resultado das vendas, ou no conjunto. Percebemos que não tínhamos um diagnóstico exato do mercado; não dimensionamos com segurança o volume de investimentos até nos fixarmos no mercado; não contávamos com a burocracia para mantermos a estrutura em ordem. Enfim, tomamos um choque de realidade e nem os amigos saber o que fazer para nos ajudar. O que parecia céu de anil vira de raios e trovões.

Segundo Glauco, mesmo que você argumente que a linha de crédito era insuficiente, o gerente só quer saber dos resultados pelo o que já foi acordado. Por mais que você tente envolver os sócios como corresponsáveis pela crise, vão dizer que lhe delegaram toda a liberdade para empreender. Entre a cruz e a espada, você percebe que, desde o início, faltava algo em sua equação.

Em uma conversa com empresários mais experientes descobre o que deveria saber: Empreender não é sinônimo de gerenciar. Empreender não é a mesma coisa que administrar. Descobre o obvio que você ignorava. São competências distintas e até antagônicas, mas uma não vive sem a outra.

Glauco conta que de reflexão em reflexão, conclui que não precisava apenas de um financiador para o seu projeto, mas também de alguém que pudesse estar ao seu lado para dimensionar concretamente as suas ideias abstratas, que fosse capaz de organizar os fatores de produção ou de serviço e controlasse a eficiência com o objetivo de atingir resultados.

Enfim, aponta Glauco, você precisa de alguém que conheça todos os meandros da gestão, tome decisões chatas relacionadas à liderança de equipe e saiba te controlar em sua ansiedade, sem contrariar, evidentemente, o seu entusiasmo, que é força motriz do mundo empreendedor.

Mesmo levado pelos sentimentos negativos, sabe que é tarde para esquecer tudo como se fosse apenas um sonho de verão. A saída é descer das nuvens para dimensionar o seu lado empreendedor diante do peso insuportável da sua própria criação.

Você precisa dar vida ao seu lado gestor. Se isso não for possível, encontrar alguém que cumpra esse papel fundamental para o seu negócio prosperar e não morrer na praia.

Glauco conclui que, hoje, notamos no Brasil a abundância de empreendedores, como se essa fosse uma característica inata. Somos capazes de identificar facilmente uma forma de ganhar dinheiro a partir de alguma ideia que nasce numa simples roda de conversa informal. Porém, não conseguimos dar sustentação no tempo e no espaço ao que nos propomos a fazer, pois nos falta desenvolver o nosso lado gestor, que é o outro lado da mesma moeda.

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