Pequenas empresas continuamente demonstram certa aversão à administração financeira e suas vertentes, tornando desta forma impossível uma gestão eficiente e que gere o máximo de valor.
Saber quanto se gasta com aluguel é uma coisa, mas, quanto representa ou qual o peso desta conta no fluxo de caixa é definitivamente outra realidade. É imprescindível buscar um imóvel mais em conta? Se sim, quantos % mais barato? O desconhecimento desta razão é um dos fatores que travam as empresas de buscarem soluções financeiramente mais vantajosas e assim crescerem de forma sustentável.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, aspectos básicos como controle de contas não são levados tão a sério como, por exemplo, a montagem da equipe de vendas (não está sendo julgado o valor de cada área, porém está sendo destacada a negligência com a área financeira), ou ainda a figura da contabilidade como apenas um processo burocrático e sem valor, não observando desta forma balanços e demonstrativos de exercício e suas informações disponíveis e a relação íntima entre estas áreas do conhecimento.
Para Glauco é recorrente encontrar empresas que definem o preço de suas mercadorias em uma porcentagem aleatória que surge na mente de seus proprietários. Sem definir qual o tamanho da participação do produto X no resultado final da organização. Definir ou a margem de contribuição então é quase utópico. É uma questão cultural? Uma questão de ensino básico voltado a exatas? Por que pequenas empresas e seus gestores não se atentam para este campo do conhecimento tão necessário para gestão empresarial?
Glauco destaca que é ainda mais interessante observar a reação dos donos de pequenas empresas ao dizer que sua empresa não consegue avançar por não adotar medidas básicas de administração financeira e alocação eficiente de recursos. Muitos relutam em aceitar e colocam a culpa, incrivelmente, nas palavras do consultor/auditor.
Segundo Glauco, 80% das empresas não sobrevivam ao primeiro ano de funcionamento. É vital para mudança deste número a formação também voltada ao cuidado com a saúde e gestão financeira das organizações. O gestor de hoje não pode omitir-se com os cuidados relativos ao campo financeiro. Esta aversão incrustada em nossos gestores precisa terminar.