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Ambiente regulatório cambial pode ajudar na Gestão Financeira

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Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, os gestores financeiros de uma empresa sabem que para a obtenção de bons resultados e a criação de valor para os acionistas, uma das principais medidas é minimizar o seu custo de capital. Nesse sentido, é indispensável a avaliação permanente da estrutura de capital da empresa, de modo que reflita uma proporção entre quantidade de capital próprio (patrimônio líquido) e capital de terceiros (endividamento) que traduza um trade-offcapaz de preservar, ao longo do tempo, um equilíbrio saudável entre risco e retorno, criando condições para a maximização do seu valor.

Segundo Glauco, um dos elementos centrais da gestão empresarial é a escolha de suas fontes de financiamento, pesando aí, dentre outros, não só a questão do enquadramento jurídico e contábil dos recursos (capital próprio ou de terceiros), como também a sua origem (doméstica ou externa).
Glauco diz que a ideia de que a melhor fonte seria, sempre, a de recursos próprios (dos sócios), isso costuma não ser verdade, seja em face do timing inerente aos processos decisórios (usualmente mais longo nas sociedades por ações), seja em função de condições mais favoráveis de mercado ou da legislação aplicável, dentre outros fatores.

Assim, na busca dos melhores retornos os gestores financeiros são, frequentemente, levados a incluir na estrutura de capital da empresa uma proporção maior de dívidas, ponderando não só o tempo necessário à obtenção dos recursos, como o fato de os custos poderem ser, em muitos casos, inferiores ao do capital próprio em função, por exemplo, da possibilidade de dedução fiscal dos juros pagos, que pode levar a uma economia equivalente ao imposto de renda correspondente.

Portanto, destaca Glauco, notadamente nos casos em que o tempo constitui um fator crucial no âmbito das decisões de natureza financeira, a capacidade e velocidade de resposta do mercado financeiro tendem a se tornar um fator altamente relevante na gestão empresarial.

Desta forma, o acesso aos empréstimos externos, seja sob a modalidade direta (contratação entre o tomador brasileiro e o credor externo), seja por meio de colocação de títulos no exterior (bônus, notes, commercial papers, etc.), assim como aos investimentos estrangeiros diretos (IED), dentre outras modalidades, não mais se sujeita à burocracia estatal que marcou, por longo tempo, a regulamentação cambial brasileira.

Assim, o ambiente de relativa neutralidade, em termos de tempo e risco, ora propiciado pelas normas aplicáveis a câmbio e capitais estrangeiros, trouxe, claramente, maior tranquilidade aos gestores financeiros na análise das operações.

Isso não dispensa, evidentemente, tanto o acompanhamento contínuo das tendências do mercado de câmbio, como a manutenção de um controle permanente e rigoroso sobre sua “posição em divisas”, a ser registrada em demonstrativo específico (consistente e coincidente com os valores contidos no balanço patrimonial) que contemple rubricas como dívidas e créditos em moeda estrangeira, vencimentos, saldos a cobrir, etc.

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