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A gestão de riscos para prevenção de perdas no varejo

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Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, pelo menos nos últimos 12 anos o mercado varejista tem dado uma atenção maior a gestão de riscos para prevenção de perdas no varejo, e não deveria ser diferente, as perdas representam bilhões de reais jogados no lixo.

Glauco diz que segundo o levantamento da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), o faturamento das 120 maiores empresas do varejo cresceu 5,2% em 2015, para R$ 444 bilhões, neste sentido temos um índice de mais de R$ 10 bilhões em perdas no ano.

Há muitos anos a gestão de riscos para prevenção de perdas no varejo tem possibilitado um conhecimento do panorama de perdas em toda a cadeia produtiva e a real noção do tamanho do problema.

A partir desse momento os varejistas se deram conta de que algo deveria ser mudado.

Nos últimos anos, destaca Glauco, com o aumento da oferta de bens de consumo e do índice de perdas, houve o surgimento da política de Gestão de Riscos, que tem como principal objetivo conhecer e apontar ameaças internas e externas às quais as empresas podem estar expostas.

A partir daí é possível implantar uma Política de Prevenção de Perdas.
Essas políticas são baseadas em princípios e práticas gerenciais de segurança para tomada de decisões estratégicas.

Sabemos que todas as empresas apresentam vulnerabilidades capazes de produzir impactos negativos, contudo elas podem ser combatidas. O papel da Gestão de Riscos é identificar e quantificar esses riscos.

CAUSAS DAS PERDAS
1. Furtos Externos: realizados por pessoas que entram nas lojas se passando por clientes com o objetivo de furtar produtos, sem fazer mal a terceiros.

2. Furtos Internos: realizados por colaboradores que, normalmente, usufruem da confiança e furtam bens, valores e mercadorias da empresa.

3. Erros Administrativos: revelam erros causados por digitações erradas de notas fiscais, registros inadequados nos sistemas, mas em geral não são erros intencionais.

4. Fornecedores: Praticadas em geral por fraudes e/ou situações onde os fornecedores estão diretamente envolvidos com as perdas.

5. Quebra Operacional: relacionadas a produtos vencidos ou impróprios para consumo, como latas, frutas e verduras amassadas.

6. Erros de Inventário: estão relacionados a erros de contagem em geral, tanto no momento do inventário, quanto no registro das informações nos sistemas.

7. Outros Ajustes: estão relacionados a ajustes que não podem ser identificados, tanto suas causas, como ajustes de períodos anteriores.
Estas informações são extremamente ricas, pois ajudam os gestores a concentrarem seus esforços nas causas para mitiga-las no dia a dia da operação.

CONTRIBUIÇÃO DA ADVOCACIA NA GESTÃO DE RISCOS E PREVENÇÃO DE PERDAS
Glauco diz que o estudo de Cenário de Risco na Prevenção de Perdas mostra que é fundamental para qualquer varejista apurar qual a sua estimativa de perda aceitável.

Mesmo investindo em metodologias, tecnologias e treinamentos que trazem os recursos necessários às boas práticas administrativas, e com colaboradores aptos para trabalhar de forma preventiva, ainda assim, sempre existirão fatores geradores de perdas.

Diante desta realidade, o advogado tem papel fundamental ao lado do empresário, pois traz o olhar jurídico para a Gestão de Riscos, apoiando as áreas operacionais, auxiliando na prevenção de perdas, minimizando ameaças, orientando na implantação de metodologias e sistemas.

Seu papel é assegurar que tudo esteja dentro dos limites legais, diminuindo o risco de demandas judiciais e evitando maiores perdas financeiras.

A legislação no Brasil é implacável quanto a erros considerados de alto risco para os consumidores, como produtos vencidos, que dá à fiscalização poder de polícia que pode ordenar a prisão imediata do diretor/gerente de loja.

Além disto, há situações onde a os autos de infração tornam-se um problema constante, caso o varejista não ataque imediatamente suas causas, as multas acontecerão mais cedo ou mais tarde, trazendo prejuízos financeiros não previstos.

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