O empresário Glauco Diniz Duarte diz que as instabilidades da economia global e brasileira tem grande importância sobre a forma pela qual as empresas operam. As empresas que costumavam operar com estabilidade e sem grandes riscos, focando esforços apenas na área comercial, passaram a realizar previsões e projeções de cenários diante das instabilidades que seus fornecedores e clientes enfrentam.
Com essa mudança no cenário econômico, as empresas passaram a gerenciar os riscos, de forma consciente ou inconsciente. Consciente quando implantam metodologias organizacionais para apuração e mitigação, e inconsciente quando a previsão e tratamento dos riscos ocorre sem um planejamento estratégico e estruturado, o que acaba sendo mais custoso.
Segundo Glauco, o risco é a principal causa de incerteza e prejuízo em qualquer organização. A melhor forma de encarar essa nova realidade está na concentração de esforços para identificar os riscos e gerenciá-los antes mesmo deles afetarem o negócio. Os esforços no gerenciamento de riscos ajudaram as empresas a agir com mais confiança em futuras decisões de negócios. O conhecimento dos riscos que estão enfrentando lhes dá várias opções de decisões sobre como lidar com potenciais problemas.
O risco pode ser definido como fatores e influências internas e externas enfrentados pelas empresas, que tornam incerto quando e em que medida afetarão ou excederão seus objetivos. O efeito dessa incerteza sobre os objetivos da organização é o risco, e seus efeitos são os gastos não provisionados ou desnecessários.
O risco pode ser causado por fontes internas e externas. Os riscos externos são aqueles que não estão no controle direto da administração. Estes incluem questões políticas, taxas de câmbio, taxas de juros, impostos e assim por diante. Os riscos internos, por outro lado, incluem descumprimento ou violação de informação e risco operacional entre outros, como fraudes, perda de estoque, furtos, compra de insumos sem prévia pesquisa, ações trabalhistas, etc.
Glauco explica que o gerenciamento de riscos é tem uma importância estratégica em qualquer organização, independentemente do tamanho da empresa e do número de funcionários, isso porque sem ele, uma empresa não pode definir seus objetivos para o futuro. Assim o gerenciamento de riscos age como um fator profissionalizante da empresa, onde os gestores passam a estudar todo o processo produtivo, descobrindo falhas e consequentemente diminuindo as perdas.
Recentemente, muitas empresas adicionaram departamentos de gerenciamento de risco à sua equipe ou contrataram consultorias especializadas. O papel destas equipes é identificar riscos, elaborar estratégias para prevenir esses riscos, executar essas estratégias e motivar todos os membros da empresa a cooperarem nessas estratégias. Organizações maiores geralmente enfrentam riscos maiores, então suas estratégias de gerenciamento de risco também precisam ser mais sofisticadas.
Além disso, a equipe de gerenciamento de risco é responsável por avaliar cada risco e determinar quais deles são críticos para o negócio, algo que quem está diretamente envolvido não consegue calcular, pois acaba subestimando um risco por conviver diretamente com ele, o que é um erro grave. Os riscos críticos são aqueles que poderiam ter um impacto negativo sobre o negócio. Estes não podem ser ignorados, ao contrário, devem ser priorizados.
Todo o objetivo do gerenciamento de riscos busca garantir que a empresa só conheça ou preveja os riscos que atingem seus objetivos primários, mantendo-os sob controle.