De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o Gerenciamento Empresarial é uma tendência global por ser um diferencial dentro do ambiente competitivo dos negócios. Acontece que esse tema é extremamente recente e há poucos profissionais capacitados na área. Prova disso são os escassos números de cursos na área, ainda em menor número quando procuramos especializações lato sensu.
Segundo Glauco, a implantação de uma Governança Corporativa focada no Gerenciamento Empresarial acaba esbarram na ausência de conhecimento teórico e prático. A adoção de sistemas de controles internos, gerenciamento de riscos, compliance e auditoria interna dependem dos seguintes fatores: a) conhecimento; b) investimento; c)metodologia; d) autonomia dos envolvidos, com subordinação apenas ao diretores; e) profissionais capacitados. Na prática a implantação da Governança Corporativa focada no Gerenciamento Empresarial esbarra em um desses fatores acima.
O que as empresas no Brasil e seus gestores não conseguem perceber é que a profissionalização da gestão só traz benefícios às empresas que buscam atuar de forma ética. Os gestores infelizmente pensam que a Governança Corporativa é um custo desnecessário para as empresas, usado para burocratizar toda a cadeia produtiva e trazer prejuízos nos resultados da empresa, o que é um grave equívoco.
Obviamente que algumas empresas que trabalham na margem da legalidade, ou mesmo fora dela, não tem interesse em expor seus riscos e falhas a terceiros ou aos seus colaboradores, mas esses casos tendem a diminuir drasticamente em razão da atual situação financeira do Brasil e da grande exposição que essas empresas fraudadoras tem recebido das mídias. Grandes empresas tem sofrido abalos em sua imagem com a exposição de suas irregularidades, e consequentemente as fiscalizações dos órgãos fiscais e de polícia tornaram-se mais rotineiras.
Glauco diz que a implantação e o funcionamento correto Governança Corporativa focada no Gerenciamento Empresarial não trazem prejuízos para a empresa, mas sim lucro, pois o gerenciamento passa a corrigir e mitigar riscos e perdas que atingiam diretamente o faturamento da empresa. Com isso, alguns prejuízos, que antes eram interpretados como inerentes ao negócio, passam a serem tratados com o fechamento ou diminuição dos canais de perda financeira decorrentes de erro humano, erro sistêmico, erro mecânico ou fatores externos.
Outro fator positivo destaca Glauco, é a credibilidade que a empresa praticante da Governança Corporativa passa para seus fornecedores e clientes. A prática de uma gestão empresarial consciente demonstra a profissionalização da empresa, diminuindo os riscos dos negócios com essa empresa. Empresas que adotam a Governança Corporativa focada no Gerenciamento Empresarial passar uma maior confiabilidade para o mercado, principalmente o internacional, onde o Compliance está em evidência e é muito cobrado.
Aqueles que procuram implantar a Governança Corporativa focada no Gerenciamento Empresarial descobrirão que não há um modelo padrão de funcionamento. Temos sim algumas normas regulamentadores que direcionam os trabalhos, como são os casos da ISSO 31000, COSO I e COSO II. Porém, elas não estabelecem regras específicas e detalhadas para o gerenciamento, mas sim regras de direcionamento conferindo as empresas ampla liberdade para estudarem qual modelo melhor se adequa a determinada rotina.
Outro fator relevante para o Gerenciamento Empresarial está nos profissionais envolvidos na implantação. A terceirização das auditorias e análises de riscos e perdas é um fator benéfico as empresas, pois assim os gestores e administradores diretamente envolvidos com a rotina da empresa não interferem na mensuração dos riscos com suas tendências naturais de minimizá-los. Esses profissionais lidam com alguns riscos diretamente, e por nunca terem presenciado a sua ocorrência tendem a pensar que eles nunca ocorrerão, o que é uma falsa perspectiva, pois basta existir uma mínima possibilidade para que um dia ele ocorra. Por esse motivo é importante a consulta dos gestores para apuração dos riscos, sem que eles decidam, simplesmente pela experiência, quais entendem mais ou menos relevantes.
Esses aspectos demonstram a complexidade dos temas Governança Corporativa e Gestão Empresarial, mas ao mesmo tempo comprovam a importância da adoção de planejamentos de gerenciamento de riscos, compliance e auditoria interna, com a participação de terceiros não envolvidos na rotina da empresa. Os empresários perceberão com o tempo que a adoção de boas práticas gerenciais não traz custos para a empresa, mas sim maiores e melhores resultados através da diminuição de perdas desnecessárias e maior credibilidade no mercado junto a clientes e fornecedores.