GLAUCO DINIZ DUARTE – Grupo Bosch prevê crescimento moderado na América Latina
Grupo Bosch prevê crescimento moderado na América Latina. A Bosch, empresa global de fornecimento de tecnologias e serviços, prevê um crescimento moderado da economia em 2013 e, com isso, calcula que suas vendas na América Latina cresçam cerca de 3% no período. Segundo informou a Bosch nesta quarta-feira (12), o faturamento do grupo na América Latina em 2012 teve queda de 6,7%, registrando R$ 5 bilhões, incluindo exportações e vendas de empresas coligadas. As operações no Brasil somaram 82% das vendas, chegando a R$ 4,1 bilhões – 23% gerados a partir das exportações.
“O cenário econômico fez de 2012 um dos anos mais desafiadores para a Bosch no Brasil, principalmente para as divisões do setor automotivo, em especial no segmento de veículos comerciais e exportações. Mas o desenvolvimento dos negócios nos demais países da América Latina mostrou-se consistente, com destaque para os negócios dos setores de bens de consumo e construção e tecnologia industrial”, disse Besaliel Botelho, presidente da Robert Bosch América Latina.
Segundo a Bosch, na América Latina, o grupo emprega cerca de 10.700 profissionais, 9.700 deles no Brasil. Além do Brasil, a empresa tem unidades próprias na Argentina, Chile, Colômbia, Panamá (centro de competência para a América Central e Caribe), Peru e Venezuela, e representações comerciais em outros países da América Latina como Bolívia e Costa Rica.
“A América Latina continua oferecendo muitas oportunidades para todas as nossas divisões de negócios apesar da retração da economia. Trata-se de uma região estratégica para a Bosch devido ao grande potencial de desenvolvimento no longo prazo. Nos primeiros meses do ano, já constatamos uma recuperação parcial no volume de negócios, inclusive do setor automotivo”, disse o executivo.
Competitividade
Botelho afirma que apesar das oportunidades de negócios, a indústria brasileira enfrenta o desafio da competitividade, prejudicada pelo custo da mão de obra alto, pela infraestrutura logística insuficiente e pela pesada carga tributária.
“É de fundamental importância que o governo e a iniciativa privada definam, em conjunto, medidas de curto, médio e longo prazo para resolver esses entraves que tanto dificultam a competitividade do setor industrial no Brasil”, afirmou.
Nos últimos sete anos, o Grupo Bosch investiu mais de R$ 550 milhões em ativos fixos na América Latina. Para 2013, a empresa planeja investir na região cerca de R$ 35 milhões na instalação de novas linhas de produtos com foco na expansão da capacidade produtiva atual, que também inclui a nacionalização de alguns produtos.
Entre os investimentos está o início da produção do Unit Injector para sistemas diesel, planejado para 2014. Os preparativos para a chegada dessa nova linha de produção começam ainda este ano na unidade da Bosch em Curitiba (PR).
“Com a fabricação local deste produto, atenderemos a demanda de nossos clientes na região que utilizam o sistema em seus motores para estarem em conformidade com a atual legislação de emissões Euro V”, disse Botelho.