GLAUCO DINIZ DUARTE – Quais os tipos de óleo para motor a diesel?
Podemos dividir os motores Diesel (4 tempos) em 2 tipos: Diesel pesados como: ônibus, caminhões e alguns tratores, que também costumam ter motores de combustão a Diesel. E Diesel Leve ou rápido que equipam algumas pick-ups e veículos utilitários. Isso, na prática, se traduz em certas diferenças, sejam elas de potência e performance, sejam de autonomia e emissão de gases do veículo.
A escolha do óleo lubrificante que será utilizado, nesses motores, é fundamental para extrair o máximo de desempenho, aliado a proteção do motor. E assim como nos veículos movidos a gasolina, escolher o lubrificante correto é importantíssimo para assegurar o bom funcionamento e a longevidade mecânica do seu motor a diesel.
Além de diminuir o desgaste das peças, Lubrificantes como o Total Rubia (desenvolvidos exclusivamente para veículos pesados) garantem a proteção do metal contra a corrosão e a vedação completa dos gases produzidos pela combustão, evitando assim: perda de performance e danos ao meio ambiente.
Certo, mas como acertar na escolha?
No manual do seu veículo certamente tem o tipo de óleo adequado para ele, mas conhecer como esses óleos são classificados pode te ajudar bastante na hora de visitar a oficina.
Sendo assim, aqui vão algumas dicas…
Assim como nos lubrificantes utilizados em veículos a gasolina, os óleos de motor a Diesel também são divididos por categorias e podem aparecer como sintéticos, semissintéticos ou minerais. O mesmo acontece com a viscosidade do óleo que, definida pelo SAE, é um padrão na indústria.
Passado os itens anteriores, temos diferentes níveis de desempenhos que são regulamentados pelo Instituto de Petróleo Americano (API) e a ACEA (Associação de Fabricantes de Automóveis Europeus). É ai que as coisas vão mudar (um pouco). Essas definições também são padrões na indústria automotiva, mas muda para veículos de passeio e veículos pesados. Ainda sim, é simples entendê-la!
Numa embalagem da Total Rubia, você vai encontrar diferentes níveis de desempenho, tais como: API CH-4 / API CI-4 / API CJ-4 e os recentes API CK-4 ou FA-4 (ainda não disponíveis no mercado nacional), que são normalizados pela API.
Uma outra especificação de desempenho que é encontrada nas embalagens da linha Total Rubia é a ACEA (European Automobile Manufactures Association), que traduzindo ao português significa “Associação de Fabricantes de Automóveis Europeus”. Essa associação normaliza desempenho para veículos de passeio à gasolina, Diesel leve e Diesel pesado.
Um pouco diferente do API, a ACEA possui um entendimento diferente no quesito “performance”, por exemplo, existe uma preocupação um pouco maior no que diz respeito à compatibilidade com sistemas pós tratamentos (DPF/SCR/EGR), restrições mais rígidas no que diz respeito à limites de elementos considerados nocivos ao meio ambiente e etc. Abaixo segue um resumo dos níveis de performance da ACEA, que não seguem necessariamente a mesma regra de nível “progressivo” de desempenho, assim como a API.
Em posse dessa informação, é extremamente importante sabermos o significado de cada letra e número para a correta aplicação:
Norma API
C = “Commercial” (palavra inglesa que traduzida ao português significa comercial), indicada para veículos de categoria Diesel Extra Pesada, para fins de transporte de carga, ônibus, tratores e serviço pesado em geral.
“H”,”I” e letras subsequentes a 1° letra “C” = Indica o nível de desempenho do óleo lubrificante. Por entender que essas letras estão em ordem alfabética*, e por se tratar de uma ordem crescente, quanto mais a letra se aproxima da letra “Z” maior será o seu desempenho.
Números “4” ou “2” = Indica o tipo de estrutura mecânica do motor Diesel. O número “4”, significa “4 – Tempos” e “2” significa “2 – Tempos”.
*Regra não necessariamente aplicável para a tecnologia FA-4.
Norma ACEA
E = Motores Diesel Extra pesados
Números subsequentes à letra “E” = Nível de performance do lubrificante*.
*Regra de nível de performance funciona de forma diferente da API.
Lubrificantes Total Rubia aliada à EURO V.
Motores Diesel, por conta de sua estrutura mecânica e particularidades do combustível utilizado, costuma emitir alto nível de poluentes. Em virtude disto, existem determinadas legislações ambientais que precisam ser respeitadas para que um motor possa ser desenvolvido e lançado no mercado, um exemplo é a EURO V. No Brasil a legislação vigente é a PROCONVE P7 (Diesel pesado), que basicamente atende as mesmas especificações que a EURO V.
Esses motores possuem um avançado sistema de pós-tratamento de gases de escape, com o objetivo de atender as exigências da PROCONVE P7/EURO V. Em caso de uma eventual queima de óleo lubrificante feita pelo motor, caso o produto da combustão desse óleo entre contato com esses sistemas pós-tratamentos (DPF/SCR/EGR), pode danificar o seu funcionamento, por conta disso a Total desenvolveu a tecnologia LOW SAPS.
Óleos lubrificantes LOW SAPS, diferente de óleos lubrificantes comuns, possuem baixíssimo nível de elementos como fósforo, enxofre e cinzas sulfatadas, elementos esses normalmente presente em óleos lubrificantes. Quando esses elementos entrem em contato com o DPF ou outros sistemas pós-tratamentos, causam danos severos nesses sistemas, assim prejudicando o desempenho do motor e em alguns casos, causando danos bastante severos e altos custos de reparo.