GLAUCO DINIZ DUARTE – Entenda como as decisões podem transformar seu modelo de negócio
Buscar aperfeiçoamento para lidar com diferentes realidades, avaliar as potencialidades e fragilidades de uma organização requer uma gestão capaz de tomar decisões assertivas para o modelo de negócio escolhido.
A atuação participativa, que valoriza a importância das experiências de todas as partes envolvidas em um processo gerencial, é fundamental para determinar o posicionamento no mercado e o direcionamento das ações dentro da organização. “Entender o processo na prática, considerando a experiência de quem o executa, possibilita a construção de soluções mais concretas e factíveis e valoriza o profissional envolvido ao ser ouvido”, explica Francisco Teixeira, especialista de projetos da FNQ.
O décimo primeiro Fundamento do Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) prevê a interpretação da realidade, a transformação de informações em decisões que potencializam as atividades da organização e a redução de incertezas. “Para que a decisão possa ser assertiva, ela precisa ser tomada com base em informações fidedignas, que envolvam o conhecimento das necessidades e expectativas daqueles que serão impactados por ela e que considerem os demais aspectos que possam influenciá-las”, alerta Francisco.
Indicadores e referenciais comparativos
Muito utilizados para auxiliar na tomada de decisões e para avaliação de desempenho, os indicadores facilitam os processos e asseguram perspectivas estratégicas ou operacionais, facilitam o estabelecimento de metas, o monitoramento da evolução e do nível de desempenho, dando maior segurança nas escolhas a serem feitas. “Os indicadores permitem a mensuração de desempenho da organização em relação a si mesma ao longo do tempo, bem como em relação a outras organizações”, explica.
Da mesma forma, os referenciais comparativos servem de parâmetro tanto antes quanto depois da tomada de decisão e asseguram que os processos de uma empresa tenham resultados iguais ou superiores aos da concorrência. “Quando se conhece os resultados que estão sendo obtidos por outras organizações em um ou mais processos, uma empresa pode avaliar o patamar em que se encontra para cada um deles e, consequentemente, adotar medidas para otimizar aqueles que ainda não estão nos mesmos níveis de eficiência de mercado”, ressalta o especialista de projetos da FNQ.
Processo decisório
A implementação dos Fundamentos de Excelência dentro de uma organização viabiliza um novo posicionamento da organização em busca da excelência, expressando as características que precisam ser tangibilizadas e apresentando as ações gerenciais e os resultados que precisam ser monitorados de forma integrada e sistêmica. “Ao serem adotados, auxiliam a organização a alinhar recursos, a identificar pontos fortes e oportunidades de melhoria, a melhorar comunicação interna, a produtividade e a efetividade de suas ações. Portanto, o processo decisório pode ser realizado olhando a empresa como um todo, o que o torna mais objetivo e seguro”, pontua Francisco.
Atuação diante de momentos de crise
Por fim, o especialista de projetos lembra que incertezas podem ser interpretadas e tratadas de diferentes maneiras por uma organização, conforme sua liderança, sua cultura organizacional e seu perfil do negócio. “Toda organização, na busca do aperfeiçoamento para lidar com novas realidades, precisa, antes de tudo, fazer uma autoavaliação de suas potencialidades e fragilidades, com base em informações e fatos que retratem, da melhor forma, sua realidade, que considere oportunidades e ameaças reais e não imagináveis. Ou seja, manter-se atualizado sobre si mesmo e as mudanças de conjuntura é fundamental na tomada de decisão no dia a dia”, finaliza.